A música e o seu efeito sobre o ser humano

            Segundo a definição que consta no website Wikipédia “A música […] é uma forma de arte que se constitui na combinação de vários sons e ritmos…”.

            Um som na sua forma mais essencial não é mais que a vibração de partículas a uma determinada frequência num determinado espaço e tempo, o que permite a qualquer ser vivo com capacidade de audição de o sentir, embora se possa colocar a questão se, dada uma sequência de sons, todos estes seres vivos têm a capacidade de construir uma frase melódica (isto é, serem capazes de identificar os diferentes sons e ritmos) e consequentemente, ouvir a música. A relação existente entre o significado (sequência de sons e ritmos) e significante (o que é ouvido e interpretado pelo sujeito em questão) deste tema dá origem a um dilema sobre o caráter da origem da música: será este de caráter natural ou cultural?

            Um estudo conduzido por um psicólogo de animais na Universidade de Wisconsin-Madison revela que, embora alguns intervalos de frequências audíveis pelo ser humano não possam ser apreciados por outras espécies, animais também são capazes de apreciar e por vezes até mesmo compor música. Assim sendo torna-se evidente que a música não é intrínseca da existência humana, e, portanto, a sua origem é de caráter natural.

            Contudo a música não deixa de ter um aspeto cultural, uma vez que sempre foi, e continua a ser, uma arte praticada e estudada por pessoas de todas as partes do mundo, dando origem aos inúmeros géneros musicais que são hoje oficialmente reconhecidos (para além dos que ainda não foram descobertos). Cada cultura tem a oportunidade de desenvolver caraterísticas musicais, sendo estes alguns exemplos: Habaneras, Tango e Flamenco têm origens cubanas/espanholas, Jazz, Blues e HipHop têm influências africanas, entre outros…

            Esta variedade de géneros musicais tem um impacto constante sobre todas as pessoas, isto é, o gosto musical de cada pessoa é influenciado pelas tendências musicais da maioria das pessoas. Por exemplo, na atualidade, é muito reduzida a quantidade de pessoas apreciadora de música Barroca comparado com o tempo em que este género era considerado uma tendência uma vez que surgiram novos géneros musicais considerados atualmente mais agradáveis de serem ouvidos, analogamente um indivíduo que viveu no período pré-histórico não teve oportunidade de apreciar géneros musicais da atualidade, como Rap, uma vez que ainda não tinha sido culturalmente explorado.


Gonçalo Pataca - fc53195

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