O vício da sociedade pelos media, jogos e séries é uma obsessão notável no dia a dia.
A obsessão é caracterizada pelos pensamentos involuntários associados a objetos, religiões, atividades e relações sociais, que prendem a mente a ideias fixas e à perseguição por algo, que no momento, consideramos ser essencial para viver.
O desejo excessivo resulta na ausência de consciência, tornando difícil ao ser humano perceber a sua dependência psicológica a essa ideia bem como a indiferença e a “cegueira” perante o mundo que o rodeia, demonstrando assim a alienação perante a vida real.
A alienação foi explicada por Karl Marx no âmbito laboral, defendendo que esta acontece quando um trabalhador participa apenas numa parte do processo e não está ligado ao produto final. Esta separação do trabalhador com o produto do seu trabalho, afasta o homem de si mesmo, tornando-o apático perante a sua realidade, e vivendo em modo automático e compulsivo.
Esta forma de viver pode ser, por um lado, intensa pelo constante comportamento repetitivo, e por outro, vazia pela diminuição da sua capacidade de pensar e agir por si próprio, com razão.
A obsessão é pois, uma condição psicológica que atualmente ocorre com bastante frequência, restringindo a participação do homem apenas a uma “parte do processo”, sem ligação ao “produto real", que é o ambiente em que se insere, separando-o da natureza e da sociedade.