Vivo rápido, morro imediatamente

Não é raramente que identificamos que os conceitos de Natureza e Cultura são usados como opostos, eu próprio antes de estar presente na conversa que tivemos em aula sobre este tema não tinha uma clareza total sobre estes conceitos, sendo que estes pertencem ao mesmo espetro, apenas em lados opostos. 

Esta ideia fez-me pensar em todos os costumes que temos e como a evolução da sociedade moderna afastou as práticas culturais dos seus integrantes substituindo-as pela cultura do imediato visto que podemos dizer que escultura, pintura, literatura, etc... são práticas culturais mas hoje em dia uma narrativa fácil é mais apelativa à nossa disponibilidade. 

Quando é que questionar algo se tornou desinteressante?

Na Grécia antiga, por exemplo, a exposição destas práticas artísticas eram acompanhadas de grandes eventos culturais em que pessoas de vários estatutos se reuniam para discutir assuntos como a morte, religião, filosofia, ética e moral.

Quando a monarquia apareceu estes eventos eram um sinal de cultura e grandes posses sendo direcionados apenas para a nobreza.

Hoje em dia o teatro é monetariamente acessível a todas as classes, no entanto, deixou de ser uma prioridade devido ao vício à dopamina que é alimentado de forma gratuita pela informatização do quotidiano.

Será que a nossa cultura acaba por ser negligenciada em troca de gratificação imediata?



"A satisfação é um poço, vou caindo mas nunca toco no fundo. Vivo rápido, morro imediatamente." 

               - Papillon

“The Trial of the Chicago 7”, resistência e incorporação

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